sábado, 21 de julho de 2012

Educação a Distância?

     É sabido que os indivíduos aprendem de diferentes formas e métodos, ou seja, uns aprendem ouvindo, outros escrevendo, outros lendo... Na Educação a Distância, esses diferentes ‘tipos’ de alunos encontrarão um ‘pacote completo’ de informações, onde eles serão responsáveis pela organização de seus horários, das leituras e atividades...     
  
    Engana-se quem pensa existir uma distância na educação a distância, afinal o aluno acaba por interagir de forma direta com o conteúdo (através de link´s, dicas de textos, músicas, filmes...) que estão sendo expostos na vídeo-aula, podendo determinar o que assistir e principalmente, a quantidade de vezes, respeitando dessa forma o tempo que cada um demanda para transformar a informação recebida em conhecimento para si.

     O professor enfim consegue assumir seu papel de mediador, afinal é ele quem diz o que deve ser lido, onde deve ser buscado, o que e como deve ser feito, mas a principal diferença encontra-se na não passividade do aluno que é recorrente, por exemplo, em uma sala de aula, fazendo com que o aluno assuma um papel importante para sua educação, a busca do seu conhecimento, a busca do seu esclarecimento, tornando-se ainda mais responsável e regrado.

     As expectativas de mudanças e de quebra de paradigmas são grandes, como podemos notar na obra de Michael Moore e Greg Kearsley:

     O potencial da educação a distância como meio de transferir conhecimento, especialmente dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento, tem atraído o interesse de organismos internacionais como o Banco Mundial e a UNESCO, ambos possuindo políticas relacionadas à educação a distância para o desenvolvimento internacional e até oferecendo alguns cursos que criaram... (KERSLEY, Greg; MOORE, Michael. Educação a Distância. São Paulo: Thomson Learning, 2007, p. 278.)


     A EAD com sua tecnologia educacional agrega, adapta e auxilia no desenvolvimento educacional, transforma a tecnologia em aliada para extrair de diversas tipagens educacionais um único objeto: o sucesso no processo educacional.

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(Texto de autoria de Emanuelle Milek, 2012 - Todos os direitos reservados - proibida a cópia integral ou parcial).



Síntese da obra: Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire

     A obra Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire é uma ode a liberdade e sua necessidade de tê-la e senti-la, não só como oprimido, mas também como opressor, afinal, como afirmado na obra, somente os oprimidos, libertando-se, poderão libertar os opressores, e os últimos como classe que oprime ficam no impasse de não libertarem e não serem libertos.
     É preciso que aconteça um equilíbrio e uma ação mútua de conscientização entre opressor e oprimido para buscarem uma relação dialógica permanente e colocarem em prática a pedagogia humanizadora, dita pelo autor, onde as partes ao invés de se sobressaírem uma sobre a outra, interajam e estabeleçam uma relação harmoniosa.




     Ao tratar da concepção bancária da educação, vemo-la refletida como uma estrutura do poder, onde os oprimidos representam uma sociedade que precisa de ajustes e, os opressores significam a mudança dos oprimidos e não da situação que os oprime.

     No processo de humanização, em busca da libertação autêntica, têm-se a práxis como fundamentadora do processo de ação e reflexão dos homens sobre o mundo, para então transformá-lo de forma dialógica, agindo dentro dos processos como educador-educando e educando-educador.

     Ao abordar o tema ‘consciência e mundo’, o autor utilizou-se de um exemplo que exprime exatamente esses termos e sua aplicação, nele o entrevistador pergunta a um camponês se ainda existiria um mundo se todas as pessoas morressem e ficassem na terra apenas plantas, animais, rios... e esse camponês lhe responde que não existiria um mundo, afinal seria necessário um homem que falasse que tudo aquilo é um mundo! Por isso a educação deve refletir um processo de educador para educando e vice versa, dessa forma, supera-se o autoritarismo e a falsa consciência de mundo denotada pelo então denominado de educador ‘bancário’.
    
     A educação autêntica acontece entre a dialógica de A com B. O homem como ser e criador histórico-social, consegue agir de forma transformadora na realidade objetiva e, como formador do tema-gerador, o investigador precisa estabelecer uma relação dialógica entre os investigados, pois é ele o responsável pela temática (tema-gerador) e pela percepção crítica das diferentes realidades, para unir fatos concretos de necessidades dos educandos, agregando ainda, a esse conteúdo, o que achar conveniente a realidade estudada – resultando em um sentido da totalidade, onde ambos aprendem, dialogam, discutem, criticam e opinam, processos estes, que alimentam o quefazer de cada um.

       Freire encerra a obra com a esperança de que o oprimido tenha o princípio da teoria de sua ação libertadora, bem como a consciência de que somente no encontro dele com a liderança revolucionária é que se terá a práxis de ambos.

 
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(Texto de autoria de Emanuelle Milek, 2012 - Todos os direitos reservados - proibida a cópia integral ou parcial).

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz. (Immanuel Kant)

    
     A maior contribuição de Kant para a educação é a liberdade que o filósofo fornece a ela, onde a disciplina precede a instrução, e estas acabam por desenvolver o autocontrole de cada um, com isso o aluno tem sua liberdade de ação respeitando aos demais, sendo a disciplina a chave fundamental para domar a ‘selvageria infantil’. Nesse aspecto Kant ressalta a importância da educação física e mental, trabalhada de forma paralela à educação moral.

     A criança precisa perceber que para conseguir seus propósitos ela precisa de liberdade, mas é necessário que ela saiba dar essa liberdade aos demais para que eles também consigam seus propósitos.

     De acordo com o filósofo, o conhecimento tem seu início na experiência, não sendo, necessariamente, originado nela. Ficando a cargo do sujeito a apresentação de suas capacidades e faculdades para possibilitar a experiência e por conseguinte o conhecimento. O sujeito só adquire a experiência através da liberdade disciplinada, afinal, ele precisa ter suas ideias, seus sentimentos, mas tudo dentro de uma determinada ordem estabelecida.

     A educação torna-se uma arte, na qual os pais e a escola são integrantes de seu aperfeiçoamento, que se dará através das gerações. Como, para Kant os indivíduos nascem ruins e a sociedade é quem os conserta, a educação com a devida liberdade e disciplina, torna-se o vetor do progresso da vida em sociedade.

     Portanto, a contribuição de Kant, onde liberdade com disciplina resulta em um autocontrole, torna o aluno muito mais autônomo, respeitando e obedecendo dentro dos limites de sua liberdade. Essa contribuição torna-se importante, pois é perceptível que o que se quer não é apenas um aluno receptivo mais sim um aluno participativo e respeitoso, que respeite sabendo o que é respeitar, po
is através de sua liberdade disciplinada, bem como experiências que adquiriu e transformou em conhecimento, constrói o discernimento para formação de seu caráter obediente, verdadeiro e sociável.
 
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(Texto de autoria de Emanuelle Milek, 2012 - Todos os direitos reservados - proibida a cópia integral ou parcial).